quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

TABELA PERÍODICA

Glosario Tecnológico


Por Carla Peralva
São Paulo, 27 (AE) - Letra A
Aba
Quando, em uma mesma janela do navegador, você abre diversos sites, cada um deles ocupa uma aba
Android
Sistema operacional do Google para smartphones - como o Windows, só que feito para celulares
API
É o código que permite que funções de um site possam ser utilizadas por outros aplicativos. Assim você publica no seu blog e o post aparece no Twitter
Aplicativo
É o mesmo que um programa; executa tarefas de acordo com a sua função
Letra B
Baixar
Todo mundo já sabe? É o verbo em português para o termo download: tranferir um arquivo da rede para o seu PC
Browser
Programa para navegar na web, como o Internet Explorer, Firefox, Chrome e Safari
Blog
Antes, quem quisesse ter um site tinha de saber fazer um. O blog mudou isso e deu início à web 2.0. Blogger: Pioneiro, popularizou os blogs, ao permitir que qualquer um publicasse seu site. Wordpress: É a ferramenta da publicação de blogs mais usada no mundo.
Letra C
Cache
Quando você usa muitas vezes um programa ou entra no mesmo site, o computador deixa gravado nesta memória partes das tarefas para executá-las mais rapidamente
CPU
Central Processing Unit: é o processador central do computador
Creative Commons
Nome do conjunto de licença criado pelo advogado Lawrence Lessig, que permite que o autor de uma obra decida como funcionarão os direitos autorais sobre a mesma, tornando-os mais flexíveis
Letra D
Digg
Rede social de compartilhamento de notícias e links, que indexa quantas recomendações (diggs) cada item teve
DNS
Domain Name Server. Se o IP é o endereço do computador, o DNS é o nome próprio do servidor
DRM
Controle digital de direitos autorais: funciona como uma trava que impede a cópia de arquivos
Letra E
Embedar
Quando você vê um vídeo do YouTube em outro site que não o YouTube, ele foi embedado(ou incorporado)
Extensão
Também chamados plugins, são programinhas que fazem pequenas tarefas dentro de outros softwares, como navegadores de internet
Letra F
Facebook
A maior rede social do mundo pode ser, nos próximos anos, tão importante quanto o Google foi nos anteriores. Seu criador, Mark Zuckerberg, é o novo Bill Gates
Flash
Linguagem de programação que serve para rodar vídeos e animações na internet
Letra G
Geolocalização
Identificação de posição geográfica do usuário através de GPS ou triangulação de sinal do celular
Geotag
É uma etiqueta digital que localiza onde uma foto foi tirada, por exemplo
Gif animado
O princípio básico da animação (imagens em sequência) compactado em uma única imagem. Funciona quase como um minivídeo
GPS
Sistema de posicionamento global. Localiza o usuário por meio de coordenadas geográficas
Letra H
HD, esse...
Você grava os seus arquivos no HD, sigla para disco rígido em inglês...
...Ou esse
...alguns podem ser vídeos em HD, sigla em inglês para alta definição
HDMI
É a porta para entrada e saída de som e imagem em alta qualidade, comum em aparelhos mais novos
Hoax
É o bom e velho boato. Na web, eles ganham vida própria
HTML
A linguagem de programação que inaugurou a web ainda está presente na maioria dos sites
HUB
Aparelho que conecta vários equipamentos entre si
Letra I
IM
Programa de mensagem instantânea, ou bate-papo em tempo-real (MSN, Gtalk e Skype)
IP
Endereço IP é uma espécie de RG do seu computador na internet
iPad
O tablet da Apple, computador em forma de prancheta, é a vedete do momento
iPod
É um tocador de música digital - sabe, MP3 - lançado em 2002 pela Apple. Virou sinônimo de MP3 Player
Letra J
Javascript
Linguagem que reúne pequenos aplicativos dentro de um programa ou site
Letra K
Kindle
O e-reader da Amazon deu a largada na corrida pelo novo suporte para livros digitais
Letra L
LCD
Sigla em inglês para tela de cristal líquido, usada em TVs e monitores finos
LED
Sigla em inglês para diodo emissor de luz, também é como se batiza monitores ou TVs que usam tecnologia
Linguagem de programação
É o conjunto de comandos e códigos que constroem programas e o sites. Alguns exemplos: HTML, JavaScript, Flash, etc.
LOL Sigla para "Laughing Out Loud", ou rindo bem alto. Equivale a dar uma gargalhada
Letra M
Mashup
É o que acontece quando dois programas - ou duas músicas - se misturam num só
Metadata
É o dado do dado: informações atreladas a um arquivo, como nome do autor, data de criação, geolocalização
Mídia colaborativa
Dá para ser autor de uma obra com vários outros autores, sem ter contato com eles, ao mesmo tempo em que todos escrevem (e editam)? Claro que dá!
Mídias sociais
Redes sociais passaram a ser utilizadas como mídias - e por qualquer um!
Mobile
Termo em inglês para portátil
Letra N
Noob
O termo, escrito com zero no lugar do o, vem de newbie: novato ou inexperiente
Nuvem
Programas e dados podem ser guardados online, ou "na nuvem", como se diz
Letra O
Old
Sabe quando mandam um vídeo ou link que você já viu? Se quiser tirar sarro, é só responder: OLD
Open ID
Sistema de identificação que permite acesso vários serviços com apenas um login e senha
Open source
Programas de código-aberto, são gratuitos e podem ser alterados por qualquer um
Letra P
Peer-to-peer
É o nome que se dá à troca de arquivos entre dois computadores, sem intermediários
Pendrive
Você bem conhece... Pequeno e prático, ele matou os disquetes e os CDs graváveis
Plasma
É o terceiro tipo de tela para monitores planos e leva esse nome devido ao material que gera as imagens em movimento
Postar
É o verbo para designar quando qualquer coisa é publicada online (foto, vídeo, blog, tweets, etc.)
Letra Q
QR code
Espécie de código de barras feito para ser lido por câmeras de celular - geralmente faz o aparelho acessar um site específico
Letra R
Rede social
Antes delas, se você quisesse achar alguém online, dependia da possibilidade de ele ter seu próprio site. Com as redes sociais, como o Orkut e o Facebook, todo mundo está online
ROFL
"Rolling on the floor laughing", ou rolando no chão de tanto rir: é um superLOL
Roteador
Aparelho que, ligado ao modem, redistribui a conexão de internet para outros computadores num mesmo ambiente
RSS
Forma de acompanhar sites sem precisar entrar neles. As atualizações são reunidas no agregador, um leitor de RSS
Letra S
Script
São comandos que executam funções específica dentro de um site
SEO
Sigla para "Search Engine Optimization": ações e truques que melhoram a posição de um site em um resultado de busca
Sistema operacional
Software fundamental de qualquer computador, que faz que todas as placas e programas instalados funcionem. Exemplo clássico: Windows
Startup
Empresa recém-criada e ainda em busca de espaço no mercado da tecnologia, como o Foursquare
Subir
É quando você pega um arquivo do computador e o disponibiliza na internet. Também vale dizer upload
Letra T
Tag
Ao pé da letra, é etiqueta. São termos que organizam o conteúdo na internet
Tumblr
É como se fosse um blog, mas com foco em republicar coisas legais que você viu online - e é mais fácil de usar
Twitter
Um blog para posts curtos, uma rede social ou uma nova mídia? Os três!
Letra U
Url
É o endereço do site, o que você escreve na barra do navegador
USB
É aquela entrada que tem a ponta retangular. USB é sigla para porta serial universal, em inglês
Letra V
Viral
Quando um vídeo, link ou foto parece que se espalha sozinho na web, ele virou um viral
VOIP
Programas que permitem usar a web como telefone
Letra W
Web 2.0/3.0
2.0: é a web social, que todos produzem
3.0: web semântica, nela, conteúdo de diferentes sites interagem entre si e com o usuário
Widget
Aplicativo instalado em outro programa para fazer funções específicas
Wiki
Linguagem que permite a criação coletiva e colaborativa
WTF
Que p**** é essa?; para comentar coisas absurdas e incompreensíveis
Letra X
XXX
Classificação da indústria do cinema para filmes com cenas de nudez, foi adotada pela indústria pornô para deixar claro que há sexo explícito. Se o site tem três X, já sabe...
Letra Y
Youtube
O site do Google é o maior repositório de vídeos do mundo
Letra Z
Zip
Arquivo que contém outros arquivos, compactados para aproveitar melhor o espaço e facilitar as transferências

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

QUÍMICA & CIA


QUÍMICA & CIA


Que os Elementos Químicos lhe transmitam prosperidade sucesso em todos os momentos de sua vida.

Que as Ligações Químicas os deixem ligados com as energias positivas.



Dero: Diretoria de Ensino de Osasco

Dirigente regional: Maria de Fátima Carnelós Volpíani

PCOP:Professor Coordenador Oficina Pedagógica Química Prof.Teodorico Sergio Rodrigues de Souza

Blog: http://deosascotecnoescola2011.blogpot.com



A consulta aos conteúdos desta página, incluindo as ferramentas de internet utilizados, não dispensam a leitura dos diplomas legais referenciados.







segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Exemplos de como montar um circuíto elétrico

























A internet está deixando você burro?

A internet está deixando você burro?

Novos estudos mostram que e-mail, Twitter, Facebook, YouTube, MSN e todas as distrações do mundo digital estão nos transformando em pessoas mais rasas e colocando em risco a nossa capacidade de aprender

Felipe Pontes e Tiago Mali

Imagine uma festa badalada, repleta de gente bacana. São centenas de pessoas aparentemente descoladas, viajadas, inteligentes, abertas a novas amizades e cheias de histórias. Você seleciona uma delas e começa um diálogo. O vaivém de outras figuras igualmente interessantes é intenso. Apesar de o assunto estar divertido e envolvente, você então olha para o lado, perde o foco do indivíduo com quem dialogava, e dá início a um novo bate-papo. Não mais de 30 segundos depois, uma terceira pessoa desperta a sua atenção. Você repete a mesma ação, deixando o seu segundo interlocutor sozinho, e tenta se concentrar no novo assunto. E assim sucede-se a noite inteira. Lá pelas tantas, quando você resolve ir embora para casa, se dá conta de que não lembra o nome de nenhuma das pessoas com quem conversou. Pior ainda: sequer recorda o que falou com cada uma delas. A conclusão a que chega é que a noite foi perdida, como se não tivesse existido. E, apesar de ter conversado com muita gente, não conheceu ninguém de verdade e não lembra de nenhum assunto. A internet é mais ou menos assim. Repleta de coisas legais, informações relevantes, mas que você não consegue aproveitar como deveria pela tentadora avalanche de dados que lhe é ofertada. São janelas e mais janelas do navegador abertas, vídeos do YouTube rolando, Twitter abastecido a todo momento, MSN piscando sem parar, Facebook sendo atualizado... O que você estava fazendo mesmo?

Para se ter uma ideia da imensa quantidade de informações que atualmente temos à disposição, uma pesquisa realizada pela Global Information Center da Universidade de San Diego, nos EUA, aponta que em 2008 cada americano consumiu cerca de 34 GB de informação por dia, o que equivale a assistir a 68 longa-metragens com definição de uma televisão comum ou ler 34 mil livros de cerca de 200 páginas num período de apenas 24 horas. A pesquisa engloba desde os métodos de informação, digamos, tradicionais, como programas de TV, jornais e revistas impressos, até blogs, mensagens de celulares e jogos de videogame. De acordo com essa mesma pesquisa, o tempo que utilizamos nos informando passou de 7,4 horas, em 1960, para 11,8 horas, em 2008. É muita coisa.

Afinal, o que a web está fazendo conosco? Essa é a reflexão que o americano Nicholas Carr, um dos mais polêmicos pensadores da era digital, propõe em seu último livro, The Shallows: What Internet is Doing to Our Brains (Os rasos: o que a internet está fazendo com o nosso cérebro, ainda sem edição em português), lançado nos Estados Unidos no mês passado. “Estudos mostram que, quando estamos conectados, entramos em um ambiente que promove a leitura apressada, pensamento corrido, distraído e aprendizado superficial”, diz (leia entrevista completa nesta reportagem). Carr também é autor do best-seller A Grande Mudança, sobre as transformações sociais na era digital, e colaborador assíduo do jornal New York Times e da revista Wired, entre outras publicações. “Em resumo, ler na internet está nos deixando mais rasos e com menor capacidade de pensamento crítico”, afirma.


 
LISBETH ASSIS, 24 ANOS, JORNALISTA
>> Passa mais de 12 horas conectada por dia e diz que até pouco tempo já pensava no que ia twittar enquanto estava num ônibus, voltando do trabalho
>> Acompanha mais de 10 abas ao mesmo tempo no navegador. Quando ele trava, não consegue se lembrar do que estava vendo

Foi estimulado por uma questão semelhante à de Carr que o psiquiatra Gary Small, da Universidade da Califórnia, fez, em 2008, o primeiro experimento que mostrou cérebros mudando em resposta a estímulos da internet. O pesquisador monitorou um grupo de internautas por ressonância magnética enquanto realizava buscas no Google. Descobriu que os mais experientes apresentavam uma atividade cerebral muito maior. Após o grupo de novatos ter sido colocado por uma semana para treinar as buscas na web, também passou a apresentar atividade semelhante à verificada nos experientes, o que sugere a formação de conexões neuronais. Isso não é necessariamente bom, apontou Small. A atividade aumentada se concentrou na área do cérebro associada à tomada de decisões, o que pode estar sobrecarregando nossas mentes. Faz sentido: quando lemos um texto na web, temos de decidir se clicamos ou não clicamos toda vez que aparece um link pela frente. Não se trata de uma ação bem-vinda quando se busca a compreensão de uma informação. A pesquisadora Erping Zhu, da Universidade de Michigan, notou isso quando colocou pessoas para ler o mesmo texto no computador, com e sem hiperlinks. Quanto mais hiperlinks, mais baixas foram as notas dos leitores no teste de compreensão aplicado ao fim da experiência. O estudo não foi o único. Uma revisão de 38 pesquisas sobre os efeitos dos hiperlinks, publicada em 2005 pela universidade canadense de Carleton, concluiu que a demanda crescente de tomar decisões com o hipertexto prejudicou a performance de leitura. Mais do que as interrupções por alertas de outros programas, a própria forma como o texto é apresentado na web representa um risco à compreensão.

ENTREVISTA - NICHOLAS CARR "ESTAMOS MAIS RÁPIDOS E SUPERFICIAIS" Um dos mais polêmicos pensadores da era digital, o americano Nicholas Carr acaba de lançar o livro The Shallows: What Internet is Doing to Our Brains, em que questiona os danos que a internet está causando em nossos cérebros. Na entrevista abaixo, conta que dá até para ler online de maneira aprofundada, mas que isso não é a regra
* Que mudanças a internet está causando em nossa mente?
Carr:
Ela nos encoraja a avaliar vários pequenos pedaços de informação de uma maneira muito rápida, enquanto tentamos driblar uma série de interrupções e distrações. Esse modo de pensamento é importante e valioso. Mas, quando usamos a internet de maneira mais intensiva, começamos a sacrificar outros modos de pensamento, particularmente aqueles que requerem contemplação, reflexão e introspecção. E isso tem consequências. Os modos contemplativos sustentam a criatividade, empatia, profundidade emocional, e o desenvolvimento de uma personalidade única. Nós podemos ser bem eficientes e bem produtivos sem esses modos de pensamento, mas como seres humanos nos tornamos mais rasos e menos interessantes e distintos intelectualmente.

* As evidências são preocupantes?
Carr:
Mais do que eu esperava. Nossos cérebros são altamente maleáveis. Isso permite que nos adaptemos a novas circunstâncias e experiências, mas isso também pode ser algo ruim. Podemos treinar nosso cérebro para pensar de maneira rasa ou profundamente com a mesma facilidade. Estudos mostram que, quando ficamos online, entramos em um ambiente que promove a leitura apressada, pensamento distraído e aprendizado superficial. É possível pensar profundamente enquanto surfamos na web, mas não é o que a tecnologia encoraja e premia.

* Quais são as diferenças em relação à leitura de um livro tradicional, feito com papel e tinta?
Carr:
O livro impresso e a internet são o que chamo de “ferramentas da mente”, mas seria difícil de imaginar duas ferramentas mais diferentes. Como tecnologia, um livro foca nossa atenção, nos isola das várias distrações que enchem nossas vidas diárias. Um computador conectado faz o oposto. É desenhado para dispersar nossa atenção. Ele não protege a gente das distrações do ambiente; se une a elas. Ao passo em que nos movemos do mundo da página para o mundo da tela, nós estamos treinando nosso cérebro para ser rápido, mas superficial.

* Você diz que a internet é melhor compreendida como parte de uma tendência...
Carr:
As tecnologias que usamos para reunir, armazenar e dividir informação mudaram nossa formação intelectual. Mapas, relógios, livros e TV nos mudaram. E agora a internet está nos mudando. Ela abriu um novo capítulo em nossa história intelectual, mas a história está acontecendo há muito tempo.



IGOR FEDICZKO, 24 ANOS, GUITARRISTA DA FABULOSA BANDA DO CURINGA
>> Acha muito mais fácil pegar o iPod Touch e escrever 140 caracteres do que ler quatro páginas de um livro
>> Durante os ensaios com a banda, deixa de tocar guitarra para checar seus e-mails no smartphone
>> Leu quatro livros do falecido José Saramago, um duas vezes, mas não se lembra direito de nenhum trecho

“Assim que entro na web, começo a abrir uma janela atrás da outra. Todos os assuntos parecem me interessar, mas sinto que meu cérebro não consegue guardar tanta coisa”, diz a jornalista Lisbeth Assis, de 24 anos. “E quando o programa fecha, e eu não consegui salvar todas aquelas informações, me bate o desespero de estar perdendo algo muito importante.” A aflição de Lisbeth, que relata a confusão mental de quando está online, é consequência de a internet ser um “ecossistema de interrupção”, como descreve Cory Doctorow, co-editor do blog de cultura geek Boing Boing. Um estudo da Universidade de Glasgow, na Escócia, divulgado em 2007, mostrou que pessoas que trabalham em escritório checam seus e-mails, em média, de 30 a 40 vezes por hora (embora metade delas tenha respondido que olha apenas “mais de uma vez por hora”).

Esse habitat de mensagens instantâneas, RSS e alertas de todo o tipo nos mantém mais informados e conectados uns aos outros, mas cobra um preço. Quando paramos o que estamos fazendo para ver uma mensagem, passamos a ter mais dificuldade em memorizar — ação essencial no aprendizado. Aprender implica mudar fisicamente o nosso cérebro. A grosso modo, no momento em que tomamos contato com uma informação, produzimos uma reação cerebral que alguns cientistas classificam como “memória curta”. Sinapses (ligações entre neurônios) que já existiam são ativadas, mas isso não fica gravado automaticamente. Quando “salvamos” os dados em nossa caixola, além dessa ativação inicial, são produzidas proteínas e novas sinapses, responsáveis pela "memória longa".

Se retomamos a memória, ou seja, se lembramos, essas sinapses aumentam e se consolidam. Experimentos mostram que se, por outro lado, deixamos de retomar essa informação, as sinapses diminuem, mas ainda ficam em maior número do que eram antes. Isso indica que uma vez que você aprendeu verdadeiramente algo, o seu cérebro sofreu uma mudança física a longo prazo. A descrição desse processo de cognição rendeu ao cientista Eric Kandel o prêmio Nobel de Medicina de 2000. É ele quem avisa: é possível que o mecanismo de produção de proteínas e sinapses trave quando não conseguimos manter o foco. “Para lembrar de algo a longo prazo, você precisa prestar atenção e processar aquela informação profundamente. Nós não sabemos até que grau isso é comprometido quando usamos a internet”, diz Kandel, que também é professor da Universidade de Columbia, em Nova York, e um dos especialistas mais respeitados do mundo no assunto.

Para o guitarrista Igor Fediczko, de 24 anos, esse comprometimento já é real. Navegador voraz da web, ele diz checar e-mail “umas 200 vezes por dia” em seu iPod Touch, e ter dificuldade em manter o foco. O músico conta ter reparado que, nos últimos anos, sua memória tem sofrido perdas. “Quando o escritor José Saramago morreu, tive a ideia de escrever um post no meu blog. Mas percebi que, apesar de ter lido quatro livros dele, não lembrava nada, nenhuma passagem. Aí notei que tinha alguma coisa errada comigo.”

No caso de Igor, as interrupções constantes do seu gadget piscando com uma nova mensagem podem causar ansiedade e estresse, fatores que, de acordo com especialistas, também atrapalham o processo de cognição. Além disso, o nosso cérebro não está preparado — pelo menos ainda não — para conseguir reter conhecimento eficientemente em uma velocidade tão acelerada como a que os usuários vorazes da internet imprimem. “Se há muitas informações concorrendo para serem lidas ao mesmo tempo, ou se elas chegam muito rapidamente, fica muito mais difícil. Necessitamos de atenção para que possamos aprender”, afirma Paulo Henrique Bertolucci, professor de neurologia clínica da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).


GUSTAVO JREIGE, 21 ANOS, COORDENADOR DE CRIAÇÃO E CONTEÚDO DA POLVORA!, AGÊNCIA DE MÍDIA SOCIAL
>> Lida com cerca de 10 projetos simultaneamente. Ao mesmo tempo, costuma conversar sobre um por telefone e tocar outro via MSN
>> Diz ter pouco conhecimento enciclopédico, mas não se importa com isso porque pode fazer uma pesquisa no Google

Já se sabe que o nosso cérebro é extremamente plástico, capaz de se moldar de acordo com as transformações culturais que ocorrem ao redor. A cada adaptação, há uma reorganização interna: sinapses ligadas a certas atividades são reforçadas enquanto outras são enfraquecidas. “Quando os livros surgiram, a oratória desapareceu. Em cada ponto, quando você ganha algo, perde algo. A questão é: os ganhos superam as perdas? Meu palpite é que sim”, diz Kandel, que confia que a imensa quantidade de informação na rede representa um ganho gigantesco para a humanidade.

Esse não é o palpite de outro respeitado neurocientista e Ph.D. em fisiologia, Michael Merzenich, pioneiro nos Estados Unidos em estudos de como o cérebro se remodela por conta de estímulos externos. “Se eu tento resolver qualquer problema por basicamente olhar sua resposta, isso é algo muito diferente do que tentar resolvê-lo usando a inteligência e o raciocínio”, diz. É o que acontece, por exemplo, quando procuramos uma resposta no Google antes mesmo de refletirmos sobre a pergunta. “Certamente envolve uma manipulação de informação muito mais suave no uso de suas habilidades cognitivas”, afirma.

O uso “mais suave” do cérebro pode “destreiná-lo” em atividades relacionadas, fundamentalmente, à inteligência. É isso o que argumenta um artigo publicado no ano passado na revista Science pela psicóloga americana Patricia Greenfield, da Universidade da Califórnia, que analisa 52 estudos sobre o aumento do uso da internet, do videogame e da TV. Patricia, pesquisadora da área há 15 anos, conclui que as novas mídias trouxeram um desenvolvimento sofisticado de habilidades visuais-espaciais. Mas, ao mesmo tempo, reduziram a capacidade de lidarmos com vocabulário abstrato, reflexão, pensamento crítico e imaginação. Nas pesquisas, jogadores de videogame e internautas mostraram mais habilidade para lidar com várias tarefas ao mesmo tempo. Só que essas tarefas, alerta a autora, eram sempre executadas de maneira menos eficiente do que se fossem feitas separadamente. “Enquanto encorajar a multitarefa, a internet estará nos deixando menos inteligentes”, afirma. A forma de contra-atacar essa superficialidade seria passar mais tempo lendo livros e revistas, aconselha Patricia, que tem dois filhos e sugere aos pais administrar uma “dieta” balanceada dessas novas mídias para as suas crianças.


 “Ligo o computador, vou direto à internet e abro umas cinco janelas. Enquanto isso já vou colocando uma senha atrás da outra, abro mais abas, ligo o MSN, resolvo postar algo novo no meu blog. É sempre assim. Não consigo fazer uma coisa só, abrir uma única página e ficar lendo com calma”, afirma a professora de francês Eleonora Ribeiro, de 25 anos. Recém-formada em Letras, Eleonora cultiva, além da intensa atividade digital, um grande hábito de leitura em papel. Quando lê livros, no entanto, a professora diz que nada tira a sua atenção. “Aí eu não disperso.”

Ainda não, mas pode começar em breve. Estudos recentes mostram indícios de que pessoas excessivamente multitarefa na internet podem levar essa desatenção para atividades offline. Um desses estudos foi feito pelo pesquisador Eyal Ophir, da Universidade de Stanford, publicado em 2009 no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences. Nos experimentos foram separados grupos de voluntários entre “muito multitarefa” (que relataram fazer inúmeras atividades ao mesmo tempo) e “pouco multitarefa”. Ambos participaram de um teste em que eram mostradas rapidamente imagens com retângulos vermelhos e azuis. Logo depois, uma imagem semelhante aparecia na tela do computador e os voluntários tinham de responder se os retângulos vermelhos haviam se movido. Os “mais multitarefa” se saíram significativamente pior. Eles tiveram mais dificuldade em filtrar informações irrelevantes (os retângulos azuis) e ficaram mais suscetíveis a guardar estímulos sem importância na memória. Mais ou menos o que acontece todos os dias conosco ao nos conectarmos na rede, quando muitas vezes deixamos de lado atividades essenciais para nos distrairmos com a janelinha do MSN piscando. “Nós podemos estar nos tornando meros decodificadores de informação, sem capacidade para decidir o que é de fato importante”, diz Carr.

Essa também é uma preocupação do psicólogo Cristiano Nabuco de Abreu, que coordena o Centro de Estudos de Dependência de Internet, no Hospital das Clínicas, em São Paulo. “Os jovens que usam muito a web têm uma rapidez muito maior, só que isso não quer dizer que eles tenham habilidades mais profundas. Conseguem fazer várias tarefas ao mesmo tempo, mas a gente entende que essas características acabam ficando mais rasas”, afirma Nabuco, que lida há mais de quatro anos com distúrbios de comportamento ligados à web.

ARTIGO “A WEB ESTÁ CRIANDO A GERAÇÃO MAIS INTELIGENTE DE TODAS” Autor de Wikinomics diz que hoje em dia o que conta não é o que você sabe, mas o que pode aprender Don Tapscott*
Você não precisa temer a internet. A mente da geração digital parece ser incrivelmente flexível, adaptável e ter um profundo conhecimento de mídia. A imersão em um ambiente digital e interativo fará as pessoas mais inteligentes do que a média dos sedentários que passam o tempo todo assistindo TV no sofá. Em vez de simplesmente receberem as informações, eles interagem. Em vez de apenas acreditarem que um anunciante na TV está falando a verdade, avaliam minuciosamente a mistura de fatos contraditórios ou ambíguos. A internet deu a oportunidade de tornar essa geração a mais inteligente da história.

O que conta não é mais o que você sabe: é o que você pode aprender. Hoje, o importante é processar as informações novas o mais rápido possível. Nós estamos na era da informação, onde, à medida que os empregos mudam, você não pode enviar seus empregados para outro treinamento. Nós precisamos aprender constantemente, pelo resto das nossas vidas.

Esse novo mundo permite que trabalhemos unidos como uma mente só, qualificada para resolver nossos problemas. Agora, os cientistas podem acelerar suas pesquisas ao abrir suas informações e métodos possibilitando que colegas experientes do mundo inteiro colaborem. Médicos podem ajudar comunidades de pacientes onde pessoas com problemas de saúde semelhantes dividem informações, fornecem auxílio mútuo e contribuem para a pesquisa.

Nós entramos numa era de contribuição. Milhões colaboraram com a Wikipedia, e milhares em iniciativas como o Linux e o Projeto Genoma Humano (PGH). Há agora uma oportunidade histórica. Afinal, o potencial para novos modelos de colaboração não termina com a produção de software, mídia e entretenimento. Por que nosso governo, nosso sistema educacional, de saúde, de pesquisas científicas e a produção de energia não têm um “código aberto”? São oportunidades reais e palpáveis, não fantasias.

Vivemos um tempo excitante, onde todos podem participar na produção de informação de maneira que antes era impossível. Para os governos e sociedade como um todo, as evidências mostram que nós podemos armazenar a explosão de conhecimento, colaboração e inovação de negócios para liderarmos vidas mais ricas e cheias, e estimularmos a prosperidade e o desenvolvimento.

* Don Tapscott é consultor de empresas como General Electric e autor dos livros Wikinomics e A Hora da Geração Digital, entre outros. Ele já conseguiu US$ 4 milhões para investir em pesquisas sobre a “geração net”



 Não há quem diga — nem mesmo Carr, blogueiro e grande frequentador da rede — que a internet em si é o problema. A grande preocupação é o que ela tornou possível: fazer muitas coisas simultaneamente e receber uma quantidade de estímulos nunca antes experimentada. “Não há de se demonizar a web. Se minha filha de sete anos tenta fazer o dever de casa ao mesmo tempo em que assiste à televisão, ela não vai conseguir”, diz o neurocientista Martin Cammarota, do Centro de Memória da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS). Se a informação for canalizada de forma adequada, defende Cammarota, não temos com o que nos preocupar.

A questão é como fazer essa canalização. A dificuldade em lidar com a multiplicidade de estímulos vem no momento histórico em que temos mais acesso à informação, seja pela televisão, pelo smartphone ou pelo laptop. “Se você usa gadgets o tempo inteiro, sua mente passa a ficar sobrecarregada. A questão é: como tirar o máximo de proveito desses aparelhos sem ser prejudicado por eles? Devemos desenvolver um método para nos desconectarmos de vez em quando”, diz o escritor e historiador americano William Powers, que acaba de lançar o livro Hamlet’s BlackBerry (O BlackBerry de Hamlet, ainda sem edição em português), em que discorre sobre como lidar de forma saudável com a tecnologia (veja quadro com dicas abaixo).

LIÇÃO 5 DICAS PARA VOCÊ DESINTOXICAR DA WEB Aprenda agora como conciliar vida online e offline e ter uma existência digital mais balanceada

1. E-mail e Twitter têm hora certa
Prefira acumular as mensagens e destinar um certo horário do dia para vê-las. Um estudo da Universidade de Glasgow mostrou que ficar se interrompendo para ver a caixa de entrada, além de causar estresse, faz a produtividade cair
2. Arranque as distrações da tela
Links e imagens clicáveis em volta de uma notícia estão entre as coisas que mais distraem a leitura. Livre-se deles usando programas online como o Readability (http://lab.arc90.com/experiments/readability/) que, em um clique, deixa na tela só o que você precisa: o texto

3. Vá dar uma volta no parque
Pesquisadores constataram que pessoas que dão uma caminhada em ambientes arborizados se saem melhores em testes cognitivos. Se não puder, um tempo olhando para uma foto de uma tranquila cena rural traz efeito semelhante
4. Não deixe os livros de lado
Para que o cérebro não enfraqueça em aspectos como imaginação e capacidade de reflexão, a psicóloga Patrícia Greenfield recomenda que a internet não seja o único meio de se informar. Livros e rádio estimulam partes do cérebro que a web normalmente não consegue

5. Desconecte-se de vez em quando
Na casa do escritor William Powers, não há internet nos finais de semana. Para escapar de efeitos nocivos da web, o especialista diz que é bom definir horas ou dias da semana em que o cérebro possa relaxar do efeito viciante da vida digital



ELEONORA RIBEIRO, 25 ANOS, PROFESSORA DE FRANCÊS
>> Gosta muito de ler livros porque eles não têm abas e conseguem prender sua atenção
>> Usa a internet para tirar dúvidas gramaticais da língua francesa junto com dicionários

Embora o desempenho de muitas tarefas simultâneas possa colocar em risco métodos tradicionais de reflexão, outras maneiras de aproveitar a web estão trazendo novas formas de inteligência à sociedade. Clay Shirky, professor de comunicação interativa na Universidade de Nova York, mapeou algumas das mais importantes iniciativas na área em seu recém-lançado livro Cognitive Surplus (Excedente cognitivo, ainda sem edição no Brasil).

Em uma conta realizada com a ajuda do pesquisador da IBM Martin Wattenberg, Shirky estimou o esforço envolvido na produção dos cerca de 10 milhões de verbetes presentes na Wikipedia, até 2008, em 100 milhões de horas de pensamento humano. Embora pareça ser muito, só os americanos, no mesmo ano, ficaram 200 bilhões de horas assistindo TV (com esse tempo daria para criar 2 mil Wikipedias). “Em vez de as pessoas gastarem o seu tempo livre passivamente em frente à televisão, elas estão atuando de maneira colaborativa, contribuindo para que o conhecimento se espalhe”, diz Shirky em seu livro.

O problema da linha de pensamento de Shirky é que, embora o tempo gasto na internet aumente ano a ano, o tempo em frente à TV também cresce. Isso significa que as pessoas estão, cada vez mais, fazendo as duas coisas ao mesmo tempo — o que contribui para aumentar a multitarefa.

Fazer muitas coisas ao mesmo tempo nem sempre é ruim, e está longe de ser novidade para o ser humano. Para sobreviver, o homem primitivo precisava mudar de foco o tempo todo, o que reduzia a chance de ser pego de surpresa por um predador ou de que uma oportunidade de caça passasse despercebida. Conforme foram sendo criadas, as tecnologias liberaram o homem dessa multitarefa, o que resultou em mais tempo livre para se desenvolver em atividades que poderiam consumir mais da sua atenção. “Só que, com a aceleração tecnológica, a possibilidade de fazer mais coisas em um tempo menor virou necessidade novamente. Você passa a não existir socialmente sem a rapidez e a multiplicidade de informações e contatos. Estar conectado a várias pessoas ao mesmo tempo pode significar um emprego, por exemplo. Se antes ser multitarefa significava sobrevivência física, agora pode significar a sobrevivência social”, afirma Jonatas Dornelles, doutor em Antropologia Cultural pela UFRGS, que estuda cibercultura há 11 anos.


 A sobrevivência multitarefa em um contexto diferenciado pode estar criando um outro tipo de inteligência, argumenta Dornelles. Exemplo desse novo tempo é Gustavo Jreige, gerente de criação da empresa de comunicação Polvora!, em São Paulo. Aos 13 anos, ele ficava 15 horas por dia no computador. Hoje, aos 21, passa o tempo todo conectado e acredita que não conseguiria viver sem ser multitarefa. Assim como o músico Igor, ele também sente revezes na memória, mas não se incomoda com isso: “Para que eu preciso lembrar de certas coisas se posso fazer uma pesquisa e encontrar muito mais do que eu supostamente já deveria saber?”. Gustavo sintetiza a forma de pensar da geração que está conectada desde a infância. “Já não é o que você sabe que conta, é o que você pode aprender. No mundo de hoje, o mais importante é ter habilidade para processar a informação na velocidade da luz”, diz o executivo Don Tapscott, autor do livro Wikinomics (leia artigo do autor nesta reportagem). O canadense liderou uma pesquisa de US$ 4 milhões que analisou, em 2008, os hábitos de 11 mil pessoas entre 11 e 30 anos, grupo que ele convencionou chamar de “geração net”.

Tapscott afirma que a web está fazendo com que essa geração seja a mais inteligente de todas, baseado em testes que mostram aumento de quociente de inteligência (QI). No entanto, a média de QI das pessoas cresce em ritmo estável desde antes da Segunda Guerra. Ou seja, não é o efeito da propagação da internet que está causando isso. Essa nova inteligência se mostra de outras formas, como prova Gustavo. Em 2006, então com 17 anos, ele reuniu jovens do Brasil pela internet para entrevistar candidatos à eleição presidencial. Aos 18, escrevia reportagens de tecnologia no jornal O Estado de S. Paulo. “No dia a dia eu lido com mais de dez clientes e projetos diferentes. Não preciso estar 100% focado em alguma coisa para conseguir dar conta dela.”

O prêmio Nobel de Medicina Eric Kandel diz que há, sim, risco de que uma mudança de comportamento em direção à multitarefa possa trazer consequências ruins aos nossos cérebros. Entretanto, ele vê mais motivos para sermos otimistas frente à revolução digital. “É incrível que crianças pobres que não têm acesso a bibliotecas e a livros estejam mais perto disso tudo com a internet. Eu posso conseguir referências imediatas a qualquer artigo de jornal nos últimos 20 anos e a livros em poucos segundos”, diz.

E quanto a não guardar mais tantas informações e deixar o Google se transformar em nossa memória, não se trata de algo perigoso? Kandel filosofa: “Quem disse que a memória é tão maravilhosa se você não tem nenhum uso para ela? Não é a memória em si que é tão bonita. É a recitação dela, a sensualidade, o prazer em revisitá-la”.

CONFISSÕES DE UM EDITOR DISPERSO Tiago Mali
"Enquanto produzia este texto fui interrompido uma média de 40 vezes por hora via apitos do Twitter e Facebook; 30, por alertas de novos e-mails e, enquanto procurava referências na internet, apareceu uma infinidade de links para informações que, apesar de serem do meu interesse, me distraíram do objetivo inicial. Também soube que um amigo precisava de ajuda, morri de rir com um vídeo no YouTube que mostrava jovens tentando uma vaga no musical High School Musical e de duas mulheres de Sorocaba supostamente brigando pelo mesmo homem; respondi às piadas que me mandaram via MSN. Por pouco não consegui terminar essa reportagem no prazo estipulado."

 

Hospital do Homem

Hospital do Homem
O Governo do Estado de São Paulo investiu R$ 2 milhões na compra de equipamentos de ultrassom, urologia, litotripsia (que destrói o cálculo renal através de ondas de impacto).
O Hospital do Homem ocupa uma área de 1,1 mil m².
A unidade reúne especialidades médicas como andrologia, patologias da próstata e urologia, além dos núcleos de alta resultabilidade (check-up) e de ensino e pesquisa.
O departamento de patologias da próstata é dividido em dois setores: diagnóstico e tratamento das DST, prostatites (infecções da próstata causadas por bactérias e vírus) e prevenção do HIV e HPV; e tumores (câncer e hiperplasia benigna da próstata).
Já na área de urologia, o Centro conta com profissionais de nefrologia (hipertensão renovascular e transplante renal), endocrinologia, neurologia (disfunções da vesícula, uretrais e incontinência urinária) e urologias geriátrica e plástica.

AJUDE A DIVULGAR, MESMO QUE VOCÊ NÃO RESIDA NA CAPITAL, POIS É PÚBLICO, E, POR
DESCONHECIMENTO DA POPULAÇÃO SEU USO É PEQUENO E NÃO TEM JUSTIFICADO O INVESTIMENTO.
O Hospital do Homem funciona onde é o Hospital Brigadeiro, Av. Brigadeiro Luis Antonio, 2.651 - Jd. Paulista - São Paulo/SP

Telefones: (11)3289-2421; (11)3289-2421; (11)3289-2421; (11)3289-2421; Fax: (11)3284-8650
===============
 


 
 

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Aborto, Assédio Sexual, Moral e Bullyng, temas difíceis de trabalhar . Coragem dê sua opinião.

Aborto, Assédio Sexual, Moral e bullyng , temas difíceis de trabalhar. Coragem, dê sua opinião?

                Ministro aula na disciplina de Ética e Cidadania Organizacional, em uma escola de ensino Técnico e Médio, considerada pela maioria como  ensino tradicional. Este ano na reunião de planejamento, foi  solicitado que fosse incluído em nossas aulas como temas transversais , interdisciplinares e multidisciplinares os temas Aborto, Assédio Sexual, Moral e Bullyng.
                Na minha opinião como são temas que ainda geram polêmicas o ideal é aproveitar temas atuais de Artigos especializados em revistas , Jornais ou mídias televisivas.
                “Quem não teve  namoradinha que abortou?, pergunta Cabral.
                O governador Sérgio Cabral (PMDB) disse em evento com empresários que o país precisa reformular a legislação sobre o aborto.
                “ Quem aqui não teve uma namoradinha que precisou abortar? Meus amigos, vamos encarar a vida como ela é”, afirmou Cabral.  Pag.  A 7. Folha de São Paulo 15/12/2010.
                Você está dentro de uma sala de aula e um aluno pede para você comentar essa noticia da Folha de São Pulo , inclusive com o jornal e reportagem na mão.
                Coragem, dê sua opinião ?
                Segundo as estatíscas um número elevado de adolecentes, voltam a engravidar nos próximos três anos, embora conheçam todos os métodos de prevenção.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Planejamento 2011

Planejamento Escolar
2011  1   INICIANDO ATIVIDADES DE QUÍMICA PARA O ENSINO MÉDIO 2011
A Equipe de Química da Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas – CENP elaborou sugestões de atividades para você, professor, com o intuito de subsidiar a primeira semana de aula do Ensino Médio. O objetivo é apoiar o seu trabalho e assim diagnosticar o nível cognitivo dos alunos a partir de ações, para que eles possam desenvolver habilidades e competências a partir de um tema norteador referente à disciplina de Química.
Nesse contexto, é importante ressaltar que devemos pensar no estudante como centro do processo do ensino e aprendizagem, permitindo que ele tenha autonomia ao construir o seu conhecimento. O ensino, dessa forma, privilegia a preparação do estudante para participar de debates e tomar decisões no contexto social, emitindo valores, lendo e interpretando textos, transformando a informação em conhecimento, emitindo sua opinião sobre questões contextualizadas com o meio ambiente, com a tecnologia e com a sociedade. Nesse contexto, a proposta de trabalho insere não só o aprendizado de conceitos científicos, mas também mostra como é produzido o conhecimento, como se dá a investigação por um processo de atividades investigativas.
O ensino pensado nesse contexto exige do professor a mediação do saber na qual a construção dos conceitos químicos ocorre num processo em que o aluno participa ativamente não só individualmente, mas com os colegas, com o professor de maneira crescente e contínua, num universo onde ele se vê aprendendo e participando de todo o processo. Dizemos então que o estudante desenvolve habilidades de alta ordem cognitiva, o que favorece o aprendizado durante o ano letivo.
Para a semana que antecede as aulas, sugerimos um trabalho com o desenvolvimento de um
tema gerador para cada série, obedecendo, assim, o nível cognitivo dos alunos inseridos nas suas respectivas séries para que atinjam um patamar desejável de aprendizado.
Planejamento Escolar
2011  2  
Os temas geradores são largamente debatidos por diversos grupos de pesquisas e, neste caso, para facilitar o diálogo presente nos Cadernos da Proposta Curricular de Química, destacamos o trabalho que vem sendo desenvolvido pelo GEPEQ – Grupo de Estudos e Pesquisa no Ensino de Química pela USP.
Para melhor situar como é proposto o trabalho a partir dos temas geradores, pedimos que consulte o material enviado para todas as escolas do Ensino Médio, "Oficinas Temáticas no Ensino Público: formação continuada de professores", que pode ser acessado também pelo endereço:
http://cenp.edunet.sp.gov.br/Portal/Publicacoes/25068001_%20internet.pdf
Outro referencial importante diz respeito às atividades experimentais investigativas, tendo em vista que todas as escolas do Ensino Médio receberam kits destinados a atividades experimentais no ensino de Química.
Para subsidiar no planejamento de aulas com atividades experimentais, segue o endereço para ser acessado:
http://cenp.edunet.sp.gov.br/Portal/Publicacoes/livro_experimentacao.pdf
A estrutura do desenvolvimento de temas geradores segue uma sequência de etapas:
Planejamento Escolar
2011 
PITOMBO, L.; MARCONDES, M. (coords.).
Projeto Pró-Ciências. São Paulo: Fapesp, 2001.
Planejamento Escolar
2011 
Os quadros acima dão uma visão geral de como é abordado e desenvolvido um tema gerador. Ele deve fazer sentido para o estudante, deve estar contextualizado com a realidade, deve envolver a Ciência, tecnologia e meio ambiente. Podem ser desenvolvidos a partir de textos, jornais, internet, artigos, filmes, ferramentas que servirão para desencadear a discussão da atividade e, com isso, possibilitar a participação do estudante em todas as etapas e facilitando o aprendizado.
Assim, ao trabalhar a partir de uma abordagem temática, sugerimos iniciar a atividade, considerando os seguintes aspectos:
Problematização

Busca de informação

Sistematização
Planejamento Escolar 2011  5  
1ª SÉRIE
A Proposta Curricular de Química do Estado de São Paulo aponta o estudo das transformações químicas para a 1ª série, que envolve as evidências macroscópicas das transformações químicas, além do reconhecimento das substâncias e suas propriedades, dentre outros aspectos.
Como o estudo das
Para iniciar a atividade é interessante que ocorra uma problematização, como por exemplo:
Qual o combustível ideal? Metanol, Etanol ou Hidrogênio?
Para início de conversa, pergunte aos alunos qual deles consideram o melhor combustível para ser utilizado em veículos automotores, levando-se em conta: impacto ambiental, questões políticas, econômicas, obtenção, utilização pela indústria automobilística, economia e desempenho do motor.
Após fazer o levantamento dessas questões, pergunte a composição dos três combustíveis para uso de motores automotivos.
É nesse contexto que os estudantes irão buscar informações, comparando, verificando como se dá o processo de produção dos combustíveis, impactos ambientais, onde estão localizadas as usinas de produção, qual o percurso até as bombas localizadas nos postos de abastecimento, mercado interno e externo, políticas do governo, subsídios, impostos, dentre outras questões. É importante que haja um confronto entre as ideias iniciais e posteriores.
transformações químicas é foco principal desta série do Ensino Médio, a temática "Combustíveis" pode ser um assunto interessante, tendo em vista que está presente no contexto social.
Planejamento Escolar
2011  6  
Sabendo que esta atividade é curta, sugerimos que os alunos trabalhem em grupos nos quais cada um deles irá buscar uma informação e, posteriormente, a socialização.
É importante ressaltar na atividade as transformações ocorridas nos combustíveis, o seu emprego na indústria e sua importância na sociedade, além de analisar custo benefício.
2ª SÉRIE
Na 2ª série, o foco é o estudo das
Sugerimos o desenvolvimento do tema "água" a partir da "Água que bebemos". Para fazer o estudo da água consumida pela população, podemos considerar a seguinte problematização:
A água da torneira é igual à água mineral ou filtrada?
Para tanto, peça aos alunos que pesquisem:
O que é uma água mineral?

As águas minerais são todas iguais?

A água filtrada é a mesma que "purificada"?

O filtro purifica a água da torneira?
É importante ressaltar as propriedades da água para o entendimento da sua composição e aproveitamento nos diversos usos.
propriedades dos materiais, além de conteúdos de estrutura atômica e de ligações químicas. Para tanto, é importante que os alunos já conheçam algumas das propriedades dos materiais, pois serão utilizados para o entendimento e a previsão de comportamentos das substâncias, assim como de suas reatividades.
Planejamento Escolar
2011  7  
3ª SÉRIE
Na 3ª série, o professor encontrará diferentes conteúdos, envolvendo, dentre eles, cinética química, equilíbrio químico e química orgânica, tratados de forma ampla, em um nível menos aprofundado e detalhado, mas suficiente para que o aluno construa uma visão abrangente da transformação química e entenda alguns processos químicos envolvidos na natureza e no sistema produtivo. Nesse contexto, o foco é temático e envolve a atmosfera, biosfera e hidrosfera.
Sugerimos o desenvolvimento da temática "sabões e detergentes", estabelecendo uma relação entre suas diferenças, usos e constituição. Pode-se direcionar o estudo para a química orgânica, por exemplo. A problematização pode ser: Sabão é igual a detergente?
Pode-se pedir que explorem as vantagens e desvantagens de ambos. E também trabalhar com as propriedades por meio de tabelas, seu uso, resíduos e impactos ambientais em rios quando o esgoto não é tratado, enzimas produzidas, como ocorre a decomposição por micro-organismos e características de cada um.
Dessa forma, os alunos começam a primeira semana pesquisando, trocando informações e potencializando o aprendizado, transformando informação em conhecimento.
Desejamos bom trabalho a todos!
Equipe Técnica de Química